Haier Smart Home quer criar eletrodomésticos que comuniquem entre si

A Haier Smart Home tem por objetivo desenvolver gamas completas de eletrodomésticos inteligentes, que permitam aos consumidores não só uma experiência mais interessante e simplificada do seu dia a dia relativamente à utilização destes produtos, mas também assegurar que é possível poupar – o ambiente e a carteira – quando se opta por um eletrodoméstico Haier. João Paulo Ferreira é o country manager da Haier Smart Home Portugal e explica as diferenças que são notórias entre produtos com cinco ou 10 anos face aos que atualmente estão no mercado.

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A Haier celebra o seu 40º aniversário em 2025. A qualidade foi sempre um ponto-chave da marca, mas atualmente os desafios são mais do que construir apenas bons eletrodomésticos. Quais os principais desafios que a Haier tem em consideração quando cria, hoje, um novo produto?

Sim, é um marco importante, quatro décadas a criar e colocar eletrodomésticos nas casas dos consumidores a nível mundial. Apesar da qualidade ser mantra, os novos desafios passam por criar produtos que façam o match na perfeição para todos os clientes, no fundo quase um “fato à medida”. Criar produtos que sirvam as reais necessidades dos consumidores, e conseguir um ecossistema smart home.

A tecnologia está cada vez a ganhar mais características humanas. Muitos eletrodomésticos já tomam decisões sozinhos, como por exemplo as máquinas de lavar roupa, que já pesam a roupa que contêm e decidem, com base nisso, a quantidade de água a utilizar na lavagem, bem como o tempo que a mesma dura. Que vantagens traz isso, para os consumidores e para o ambiente?

Todas essas características visam a melhoria de vida dos utilizadores, facilitando a sua utilização. O IoT e a AI são hoje uma realidade nos produtos que vendemos. O passo seguinte é fazer com que vários produtos comuniquem entre si e criem ainda mais excelentes experiências ao consumidor. Para o ambiente, é também importante, porque há cada vez mais uma economia em água e eletricidade. Hoje os produtos novos no mercado têm diferenças
abismais de consumo face, por exemplo, a produtos de há cinco ou 10 anos.

A Haier-Europe faz parte integrante da Haier Smart Home, que possui 10 centros de I&D e 71 institutos de pesquisa, para conseguir estar sempre na vanguarda da tecnologia. Em que áreas se centram as vossas pesquisas atualmente? Como é que esta preocupação com a “smart home” vos distingue das restantes empresas do setor?

Um dos grandes objetivos da Haier Smart Home é ser a escolha Nº1 do consumidor e fechar um ecossistema de produtos nos lares. Produtos como frigorífico, fornos e placas, máquinas de roupa e de louça, mas também o ar condicionado, bombas de calor, painéis solares, e pequenos domésticos. Imaginem que todos estes produtos podem comunicar entre si e ligarem-se quando for mais conveniente… Reduzir automaticamente as potências nas ausências, para que economize energia quando não estamos em casa… Enfim, um número infinito de coisas que podem ser feitas para que no fim se gaste menos e tenhamos uma boa experiência com os produtos. Sendo pioneiros nesta área, diria que vamos à frente e temos hoje já imensos produtos conectados e com AI, e estamos
sempre a pensar em inovar diariamente nos centros de pesquisa, mas sempre usando os “imputs” dos consumidores.

Simultaneamente,que desafios cria esta “humanização da tecnologia” que também importa ter em consideração?

Obviamente que a proteção de dados é hoje a maior preocupação para todos e temos de tratar todas estas ferramentas com pinças para não entrar na privacidade de cada consumidor, mas usar a informação como uma base de grupos de tendências. Queremos facilitar a vida dos consumidores sem interferir no seu dia a dia.

Um dos vossos novos produtos é a máquina de lavar roupa Candy ProWash 500, com tecnologia ProActive Wash. Que tecnologia é esta e de que forma esta máquina suplanta os vossos modelos mais recentes?

A lavagem ProActive visa ciclos de lavagens mais curtos, mas com uma eficiência maior, e a 20 graus. Ou seja, maior economia de água e eletricidade. Esta série tem ainda um interface e etiqueta energética melhorados, bem como mais funções de interação com a App hOn, face aos modelos antecedentes.

A Haier-Europe é conhecida pela sua preocupação em alinhar tecnologia com o ambiente. Isso significa que, para vós, a evolução não significa apenas poupar água e eletricidade nos eletrodomésticos que constroem, mas também torná-los mais amigos do ambiente. Como se consegue uma estratégia alinhada com estes dois fatores?

Esse deve ser o desejo de todos os produtores, fabricar melhores aparelhos sem danificar muito o ambiente. No nosso caso, a preocupação de uso de materiais reciclados, e por exemplo, o uso de energias renováveis, como painéis solares. As novas fábricas que abrimos na Turquia são hoje 65% autossuficientes. A meta será ter todas as fábricas pelo menos com esta autonomia.


Em números, que poupanças permitem os eletrodomésticos da Haier?

As contas não são fáceis de traduzir em números absolutos, mas podemos pôr as coisas desta forma: um frigorífico hoje gasta 20 vezes menos do que um com 10 anos. Se for um aparelho classe A terá um consumo de 30%-40% menor que o classe F. O mesmo se passa nas máquinas de lavar roupa e louça. O setor continua a tentar junto das entidades públicas, para que se crie um programa de apoio à troca de aparelhos menos eficientes por produtos mais eficientes, apoiando as famílias no custo da fatura de energia. Mas, infelizmente, ainda sem sucesso efetivo.

Como analisa este ano, no que respeita ao consumo de produtos das vossas marcas? Portugal foi um bom mercado, globalmente? Para 2025 haverá novidades, considerando os 40 anos da marca?

Podemos dizer que, no que respeita à marca Haier, a performance é muito interessante, tendo crescimentos de dois dígitos. No caso das outras marcas do grupo, a questão é um pouco diferente, pese embora os volumes serem muito grandes. O mercado em Portugal não está famoso, e está a passar por um período de alguma dificuldade, como tantos outros, após a pandemia, onde talvez tenhamos sido um dos setores mais privilegiados. O mercado
tem tendência a não crescer muito. O mercado está muito promocional e cada vez mais confuso porque, olhando só para o preço, esquecemo-nos que existem grandes diferenças entre produtos aparentemente iguais.
Sim, haverá sempre novidades, ainda este ano lançámos uma gama de televisores em várias tecnologias, que farão a delícia dos consumidores mais exigentes. 2025 esperemos que seja um ano de consolidação de posições.
Aproveito para desejar a todos um Santo Natal e um 2025 cheio de coisas boas!