“Plantar uma árvore ajuda o planeta e as comunidades locais”

A zeroCO2 é uma empresa ambientalmente responsável e o seu projeto de plantar árvores comporta um lado de suporte ao ambiente e um lado social, de suporte às comunidades. A co-CEO, Marta Ramos, explica um pouco mais sobre o projeto, o seu impacto nas comunidades e no planeta e como pode, cada pessoa, adquirir uma árvore e ajudar na reflorestação do planeta.

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Como se desenvolve este projeto? Como se identificam as comunidades que necessitam de ajuda?

A zeroCO2 dedica-se à sustentabilidade ambiental através de projetos de reflorestação com elevado impacto social. Neste momento, desenvolvemos projetos de reflorestação na América Latina e na Europa, e, como referiu, o duplo impacto, ambiental e social, dos nossos projetos, é sem dúvida o que os torna tão únicos. Colaboramos com comunidades agrícolas locais, às quais são doadas as árvores, bem como as respetivas frutas, gerando segurança alimentar e suporte económico. As comunidades com quem trabalhamos são selecionadas de forma criteriosa. Por exemplo, na Guatemala, onde está localizado o nosso maior projeto de reflorestação, selecionámos as comunidades em conjunto com o Centro Universitário CUDEP e a Universidade de San Carlos de Guatemala, com base em análises do território e das condições socioeconómicas das populações. Antes de receberem as árvores, as famílias selecionadas são formadas em temas de gestão sustentável da terra e agricultura biológica.

Quais as árvores que, para as comunidades, são mais úteis, no que respeita à possibilidade de produzir alimentos e, consequentemente, um produto que pode ser comercializado?

Na zeroCO2 promovemos um sistema de reflorestação agroflorestal regenerativo, que envolve a plantação de árvores de fruto, árvores florestais e culturas anuais. Isto assegura a regeneração gradual do solo e regeneração da biodiversidade animal e das plantas. As árvores de fruto têm um elevado impacto na vida das comunidades, visto que produzem alimentos que podem ser consumidos ou vendidos, gerando rendimento a estas famílias. Mas todas as plantas são importantes para a criação de um ecossistema estável que produz recursos para as famílias de agricultores.

No que respeita ao combate ao CO2, quais as árvores que mais ajudam a “limpar” o planeta?

A reflorestação é, sem dúvida, o método mais eficaz e mais eficiente em termos económicos para a neutralização de gases com efeito de estufa. Todas as árvores absorvem CO2 durante o seu crescimento. As plantas utilizam carbono para construir os seus troncos, ramos e raízes, libertando oxigénio e água. Não há árvores mais importantes do que outras, cada árvore faz parte de um ecossistema estudado de espécies diferentes que se entreajudam.

Como é possível controlar a quantidade de árvores de fruto e não frutíferas que se plantam?

Em todos os nossos projetos somos apoiados por agrónomos locais, que têm um conhecimento profundo do contexto natural em que operamos. Trabalhamos para preservar a biodiversidade, regenerar habitats e ecossistemas e para preservar espécies quase extintas; para isso utilizamos apenas plantas indígenas, dando preferência às espécies em ameaça de extinção. Uma vez que aplicamos um sistema agroflorestal regenerativo, não é possível os nossos clientes escolherem as espécies de árvores que se plantam.

Qual o procedimento a adotar, para alguém que queira participar neste projeto, adquirindo uma árvore? É possível acompanhar o crescimento e evolução de uma árvore? Como saber qual o impacto que a mesma teve numa comunidade?

Qualquer pessoa pode adotar uma árvore diretamente no nosso website – zeroco2.eco. Também damos a possibilidade de oferecer uma árvore a familiares ou amigos, uma opção que ganha tipicamente uma grande relevância durante o período de Natal. Para as empresas, especificamente, desenvolvemos projetos de reflorestação totalmente customizados às marcas e aos seus objetivos de sustentabilidade. Para dar alguns exemplos…estes objetivos podem ser simplesmente a neutralização de emissões de carbono (de uma empresa, produto, evento…), uma iniciativa de marketing (por cada produto vendido, vou plantar uma árvore) ou até de recursos humanos – temos muitas empresas que oferecem árvores aos seus colaboradores, de forma a envolvê-los na sua iniciativa de sustentabilidade. As empresas que desejem colaborar connosco podem contactar-nos também no nosso website e serão seguidas por um membro da nossa equipa. A possibilidade que damos aos nossos clientes de acompanhar a evolução das árvores e o impacto nas comunidades é, sem dúvida, uma característica diferenciadora da zeroCO2. Desenvolvemos um sistema exclusivo e inovador de tracking – CHLOE – que permite aos nossos clientes, através de atualizações constantes e de fotografias, rastrear o crescimento de cada árvore, graças a um QR code e posição GPS únicos.

Onde está o projeto zeroCO2 presente? Será possível alargar esta presença a outros locais do mundo?

Em termos de reflorestação, neste momento, desenvolvemos projetos na América Latina – na Guatemala, Argentina e Perú, especificamente na região da Amazónia. E na Europa, em Itália e mais recentemente em Portugal, onde acabámos de lançar um novo projeto de reflorestação. No futuro, queremos ter um impacto positivo no maior número possível de regiões e temos trabalhado muito nesse sentido.

Que análise faz, até ao momento, do impacto que esta iniciativa tem junto das pessoas que conhecem o projeto?

Noto que as pessoas que ouvem falar do nosso projeto ficam muito entusiasmadas com a forma como trabalhamos a nível ambiental, mas ainda mais a nível social. O impacto social dos nossos projetos e a transparência da nossa atividade de plantação são os nossos pontos mais diferenciadores.

Como lhe parece que se desenha o futuro, considerando o impacto das alterações climáticas e a necessidade de alterar hábitos e economias, para a sobrevivência do planeta?

A situação não é a mais positiva, mas penso que a Humanidade está a aperceber-se do quanto é necessária uma mudança de direção. Ainda há tempo para mudar de rumo, mas cada um de nós terá de fazer a sua parte. Acreditamos muito nisso!

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