Qualidade e tecnologia aplicadas aos materiais compósitos

A AC Structures desenvolve o seu trabalho na área dos materiais compósitos de matriz polimérica, nos setores da construção civil e obras públicas. O engenheiro Mário Alvim, diretor da empresa, explica a mais-valia de trabalhar com estes materiais, as suas aplicações e como o setor reagiu durante o período pandémico.

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Em que setores podemos encontrar a aplicabilidade dos materiais compósitos de matriz polimérica e como pode a AC Structures contribuir para o seu desenvolvimento qualitativo?

A atividade da AC Structures desenvolve-se, em grande parte, no setor da construção civil e obras públicas. As principais aplicações são serralharias em plástico reforçado com fibra de vidro (PRFV), nos setores de tratamento de água, elétrico e químico. No entanto, o mercado urbano tem vindo a crescer, nomeadamente com aplicações em fachadas de edifícios, passadiços e postes de toponímica. Os nossos produtos de materiais compósitos de matriz polimérica são, maioritariamente, plásticos reforçados com fibra de vidro (PRFV), que substituem os materiais tradicionais (aço, alumínio e madeira), onde se pretende ter resistência à corrosão, baixos custos de manutenção e leveza.

Como se dá o desenvolvimento destes materiais? Sempre a pedido do cliente?

Fazemos o desenvolvimento de produto para as nossas necessidades e aplicações, bem como para as necessidades dos clientes Quando um pedido é solicitado, recolhemos a informação e os objetivos a atingir pelo cliente. Primeiro, focamo-nos nestes objetivos e procuramos a melhor solução ao melhor preço. Seguidamente, desenvolvemos o produto de acordo com os nossos critérios de qualidade, procurando o menor custo para obter um produto competitivo.

Quais os melhores exemplos de trabalhos já efetuados que possa realçar?

Destaco a colocação de mais de 400 metros de passadiços na cobertura de uma indústria papeleira, para facilitar o acesso e manutenção de equipamentos. Realço também a solução de lâminas de sombreamento, em alternativa ao uso da madeira. Outro exemplo é ainda a substituição de postes de toponímica de aço por material compósito.

Tendo em consideração a nova realidade do mercado de trabalho – dificuldade em conseguir matérias-primas e mão de obra qualificada – como está a AC Structures a lidar com estas questões?

Também vivemos um pouco esta realidade, tal como atrasos na aquisição de matérias-primas. Dada a boa relação comercial que temos com os nossos fornecedores, não chegámos a comprometer os nossos prazos de entrega. Como privilegiamos uma relação de parceria duradora e de confiança, conseguimos ultrapassar as dificuldades que surgiram. No nosso setor, a mão de obra especializada é escassa, o que nos obriga a apostar na formação dos nossos colaboradores.

Como avalia o mercado em que está inserido? Há espaço para crescer?

Em Portugal, são poucas as empresas no ramo específico de estruturas em materiais compósitos, perfis pultrudidos ou gradis e tampas em plástico reforçado com fibra de vidro (PRFV), mas o mercado nacional também é pequeno. A AC Structures pretende destacar-se pela qualidade do material, nas formas e tipos das aplicações e não apenas no preço.

Como lhe parece que a retoma se concretizará, efetivamente, no nosso país?

A AC Structures não sentiu nenhuma quebra, tendo tido até um forte crescimento durante esta pandemia. O mesmo aconteceu no setor onde temos maior expressão, o da construção civil e obras públicas. O futuro é promissor, mas devemos ter em atenção o aumento significativo dos preços das matérias-primas e transporte. Como a maioria das adjudicações dos contratos dos nossos clientes é anterior a estes aumentos, os valores não são atualizados. Desta forma, acaba a nossa empresa por suportar parte destes custos, em detrimento das margens de lucro, mantendo-se sempre fiel às relações de parceria com os clientes.

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