Vector Estratégico: há 18 anos a dar valor aos territórios

Quando a Vector Estratégico (VE) foi criada há 18 anos, era uma empresa de consultoria de cariz mais regional, ligada ao norte do país. Passados estes anos, e após a engenheira Dulce Andreia Gomes (D.G.) ter assumido a administração, a empresa adotou o compromisso de “Liderar uma mudança no paradigma da consultoria tradicional!”. Assim, e graças à visão da sua administradora, a VE é atualmente uma entidade presente em todas as regiões do país, quer seja em Portugal Continental ou na Região Autónoma da Madeira e na Região Autónoma dos Açores. Neste caminho, tem sido acompanhada pela Diretora-Geral, a arquiteta Filipa Macedo Gomes (F.G.), e por uma equipa coesa, multidisciplinar e de excelência técnica.

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A Vector Estratégico está de parabéns! Nestes 18 anos de atividade, o que destacam?

Somos uma empresa sólida no mercado da consultoria, porque temos uma atenção constante no que respeita à melhoria e evolução contínua dos serviços prestados. De facto, os nossos valores – Rigor, Inovação, Diferenciação e Proximidade – são elementos-chave tanto no planeamento e desenvolvimento dos projetos como na relação com os/as nossos/as clientes. Sempre com o mote “as pessoas primeiro”, é nossa estratégia e foco continuarmos a contribuir para a inovação e sustentabilidade dos territórios e das instituições.

Referem “as pessoas primeiro”, consideram as competências pessoais importantes para o negócio?

As competências pessoais de cada elemento, desde a liderança à equipa, são fundamentais, aliás na empresa, as pessoas estão sempre em primeiro lugar. Estas valências trazem diferenciação e proximidade, o que tem sido uma mais-valia no desenvolvimento do negócio.

Mencionam as competências pessoais da liderança. Consideram uma vantagem ou inconveniente ser mulher como líder de uma empresa?

D.G. – Não analisamos o negócio e o seu crescimento na base de “ser mulher”, apenas apresentamos projetos inovadores, diferenciadores e com uma equipa vencedora. Essa é a nossa melhor resposta às diferenças no mercado ao nível do género. Contudo, “ser mulher” com uma visão empreendedora e disruptiva face a alguns padrões instituídos de “liderança masculina”, nem sempre foi um percurso fácil. E aí sim, foram as competências
pessoais e técnicas que me ajudaram a trilhar este caminho e chegar ao cargo onde hoje me encontro.

“Estamos conscientes que as pessoas e os territórios estão em constante transformação e que, por isso, é necessário continuar a transformar ideias em projetos inovadores, que aportem benefícios aos territórios e a quem neles habita ou trabalha”.

Querem partilhar que preocupações têm mantido com os recursos humanos?

F.G. – O principal foco tem sido garantir as melhores medidas de conciliação da vida pessoal, familiar e profissional dos/as colaboradores/as. Para tal, existe a preocupação de planeamento de uma carreira estável, que engloba não só a formação e possibilidade de crescimento individual, mas também o fomento de momentos
coletivos de lazer e bem-estar. De referir também que, em 2024, foi implementada a semana de 4 dias de trabalho, de dois em dois meses, e a cada colaborador/a foi ainda concedido o dia de aniversário como um dia para proveito próprio.

A VE desenvolve os seus serviços em duas áreas de intervenção: Território e Ambiente e Economia e Coesão Social. Sendo duas áreas tão importantes, o que destacam no desenvolvimento destes serviços?

F.G. – Em cada projeto desenvolvido procuramos agregar valor aos territórios, seja através do conhecimento efetivo das especificidades de cada local, seja no desenvolvimento técnico ou da promoção de metodologias
participativas com os/as clientes e com os/as diferentes agentes do território. Tentamos sempre, também, integrar uma visão holística em cada projeto independentemente da área de intervenção, dado que as pessoas não se podem dissociar dos lugares e vice-versa, sendo cada vez mais importante valorizar a autenticidade e a capacidade de regenerar quer o território quer as ligações do ser humano à natureza, pois só assim se poderão ter regiões sustentáveis e coesas.

Em ambas as áreas de intervenção, a VE desenvolve Planos Estratégicos. Considera que a estratégia deveria… ?

O planeamento e pensamento estratégico seja do território ou de um projeto específico, é fundamental em qualquer serviço desenvolvido pela VE. Contudo, e considerando a importância de trazer dinâmicas e ações específicas para os territórios, os Planos desenvolvidos pela VE aliam sempre a estratégia à operacionalização, procurando a sustentabilidade de uma forma integrada. Por outro lado, a nossa estratégia implica a não massificação de temáticas e projetos em territórios de proximidade e, por isso, somos distintos no mercado a este nível!

Os Fundos Estruturais e de Investimento destacam-se como uma prioridade na intervenção da VE?

F.G. – Desde a sua génese que a VE acompanha diferentes entidades no desenvolvimento dos seus projetos através de financiamento comunitário. Tendo iniciado com o QREN 2007-2013, seguindo a sua atividade com o Portugal 2020 (2014-2020) e agora tanto com o Plano de Recuperação e Resiliência, como com o Portugal 2030 (2021-2027), temos ajudado as entidades a colmatar necessidades efetivas dos territórios, de uma forma
transversal, seja na componente ambiental (abastecimento, saneamento, resíduos, eficiência energética, agricultura e florestas), como na regeneração urbana, habitação, equipamentos sociais, comunidades desfavorecidas, competitividade empresarial e empreendedorismo.

Como definem o vosso percurso até ao dia de hoje?

D.G. – Tem sido um caminhar visionário, nem sempre fácil, feito de passos consistentes e de pessoas (clientes e colaboradores/as) que nos acompanham ao longo dos anos, porque se reveem nos nossos valores e na nossa forma de trabalhar. E por isso mesmo, a transparência, a honestidade e o rigor técnico sobrepõem-se a qualquer interesse externo, que possa desvirtuar o nosso propósito.

Agora que atingiram a maioridade, como se pretendem posicionar nos próximos anos?

Pretendemos continuar a fazer a diferença na forma como a empresa se relaciona com os/as clientes, para que estes/as nos vejam e sintam como uma consultora em que podem confiar e que podem recomendar. Mas acima de tudo, estamos conscientes que as pessoas e os territórios estão em constante transformação e que, por isso, é necessário continuar a converter ideias em projetos inovadores, que aportem benefícios aos territórios e a quem neles habita ou trabalha. Por isso, a partir de 2025 iremos atuar em duas novas áreas de negócio e em
dois novos projetos internacionais.